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  Tecnologias digitais são a língua franca
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O pesquisador André Lemos, professor associado da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia (UFBA), destaca nessa entrevista a importância das Novas Tecnologias da Informação e da Comunicação (NTICs) como ferramentas para a difusão do conhecimento. Recentemente nomeado titular na Comissão de Assessoramento para a área de artes, comunicação e ciências da informação do CNPq, é coordenador e autor de diversos livros - entre os quais se destaca "Cibercultura" -  editor das revistas 404notfound (UFBA), Cibercultura (Itaú Cultural) e Contemporânea (UFBA).


Como o senhor vê o campo da comunicação, considerando as novas tecnologias da informação e da comunicação?

Hoje, as novas tecnologias são o grande filão do mercado. Na academia, há o desenvolvimento de núcleos de estudos, pesquisas nessa área, que é de ponta. Basicamente, toda a discussão comunicacional passa pelas novas tecnologias, que são efetivamente tecnologias atuantes em todas as áreas, no rádio, na televisão, na publicidade, no celular e na internet. As tecnologias digitais atualmente são como uma linguagem franca que abrange as diversas expressões da comunicação. Tanto no mercado como na academia, o campo da comunicação reage aplicando, avaliando ou pesquisando o impacto das novas tecnologias na sociedade e na cultura.

Como estão hoje, no Brasil, os estudo envolvendo a questão da comunicação e da sociabilidade?

Existem vários programas de pós-graduação que abordam essa questão. A Compós e a Intercom mantêm núcleos de estudos que analisam a relação entre a supercultura e as novas formas de sociabilidade que surgem com as novas redes sociais. Então, o que temos hoje é um ambiente, tanto nos programas de pós-graduação, como nas associações e organizações, onde pesquisadores discutem assuntos nessa área.

 Como o senhor analisa a relação entre os avanços trazidos pelas Novas Tecnologias da Informação e da Comunicação (NTICs) e a prática do ensino no Brasil?

 Na verdade, a internet já surge num ambiente educacional. Ela veio de um meio militar, mas rapidamente se expandiu para a academia. A relação dessas novas tecnologias com a educação é mesmo fundadora. O que estamos vendo é a internet como um instrumento fundamental tanto para o ensino como para a aprendizagem. Ela ampliou as formas de pesquisa, facilitou a aquisição de informação. Com as escolas adotando seu uso em sala de aula os alunos passam a conviver num ambiente eletrônico e ter na educação à distância uma possibilidade. A relação da tecnologia com o ensino é básica. Ela não resolve nenhum problema, não vai fazer com que as pessoas fiquem melhores, nem professores nem alunos, mas deve estar embutida na prática do dia-a-dia. É impensável hoje um pesquisador trabalhar sem ter acesso à internet. Ainda mais num país como o nosso, onde temos graves deficiências de bibliotecas e infraestrutura em geral. Então, incorporar o ambiente informacional na escola me parece algo fundamental e que está sendo feito com velocidade e impacto diferenciados no Brasil.

O senhor acha que a internet pode vir a compensar, de alguma forma, a falta de informação e bibliotecas para os alunos?

 A internet é uma grande biblioteca proletária; nela nós temos tudo do melhor e do pior. Então, ela não vem a suprir nada se os professores não tiverem formação e informação, isso não vai resolver muito. Mas já é interessante podermos fazer buscas, alimentar a curiosidade, encontrando informações das mais diversas na rede mundial de computadores. Ela não substitui a biblioteca, não tem esse objetivo, porém, ajuda a disseminar a informação. Portanto, é fundamental tanto no uso do dia-a-dia quanto no uso educacional.

Quais as contribuições que o 19º Encontro, na PUC-Rio, pode trazer para a sua área de atuação?

 É um encontro anual que serve para colocar as pesquisas em contato, fazer com que os pesquisadores troquem informações. E os Grupos de Trabalhos ( GTs) funcionam justamente assim. Temos GTs de diversas temáticas e os pesquisadores de pós-graduação apresentam seus trabalhos. A meu ver, é o encontro mais importante do Brasil na área de comunicação. Ele reúne o que há de melhor da inteligência da comunicação do Brasil. É fundamental que alunos e professores participem do evento, mesmo que não estejam apresentando trabalho. Para que possam ouvir e dialogar com os professores e pesquisadores dos GTs. É uma oportunidade única, anual.

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